sexta-feira, 1 de abril de 2011

JOSÉ CARLOS E BARILON VISITAM COOPERATIVA DE COSTURA E CONSTATAM FALHA



             Com base nas informações obtidas no debate realizado na Câmara, na última segunda-feira (28/03), os vereadores José Carlos Belizário e Vagner Barilon, ambos do PSDB, fizeram uma visita a Incubadora de Cooperativas de Costura, no Jardim São Jorge, na última quinta (31/03). “Eu não conhecia a realidade da Cooperativa, os números apresentados no debate chamaram a nossa atenção e a gente foi entender o lado dos cooperados, como está funcionando”, comentou Barilon.

             Os parlamentares quiseram saber mais detalhadamente qual o tipo de auxílio que os cooperados recebem da Prefeitura e do Pólo Tec Tex, gestor do programa social de geração de renda, com o Governo do Estado de São Paulo. “Estão tentando formar uma cooperativa, tem interesse, mas se vê muito pouco apoio, principalmente técnico. Tanto da parte administrativa do negócio, quanto da parte técnica”, disse Barilon.

              Pelas informações que os parlamentares colheram, este ano, desde janeiro, nenhum representante do Pólo apareceu por lá. Porém, eles recebem cerca de R$ 4 mil mensais de subvenção do município, pois existe um convênio da Prefeitura com o Pólo.

            Alem disso, eles receberam três tipos de máquinas diferenciadas, prespontadeiras e outras duas, mas ninguém foi dar um treinamento. As máquinas foram encaminhadas pelo Pólo, através de convênio, ou seja, o recurso veio do Governo do Estado.  Os cooperados também precisam de máquinas retas e não receberam. “Eles têm equipamento e não estão tendo treinamento e qualificação para que possam utilizá-los. É uma falha do projeto”, comentou Barilon.

           De acordo com o parlamentar, o objetivo da incubadora também não está sendo atingido, pois deveria ser comparada a uma chocadeira, ou seja, depois de um tempo o grupo deveria caminhar com as próprias pernas e não está acontecendo. “Se continuar no ritmo atual, dificilmente vão conseguir isso, montar um projeto economicamente viável e que encare o mercado”, enfatizou Barilon. Ele acrescentou que, o fato de ter recurso público envolvido, tem que primar que este recurso promova o bem estar social e pelo que estão vendo isso não vai ocorrer.

           Atuação - Os vereadores pretendem em primeiro lugar avaliar a aplicação do dinheiro público, cobrando resultados. Tanto no debate, quanto na visita os parlamentares observaram que economicamente o projeto não bate e já estão há dois anos neste processo. “Jamais nos posicionaremos contra a incubadora, nem contra a cooperativa”, acrescentou Barilon. Os parlamentares afirmam que a renda para cada família ali representada, é muito importante. Estão chegando a quase R$ 700 por mês, que é o piso da categoria, porém sem férias, 13º ou FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

           Na avaliação de Barilon, o município pode estar subvencionando um determinado projeto que cria subemprego. “Isso é má administração. Se aplica dinheiro tem que cobrar resultado. Quem põe o dinheiro e deve cobrar resultado é a Administração Municipal”, reforçou Barilon.

            Ele lembra que foi votada uma lei que prevê a incubadora para MEI (Micro Empresa Individual). “Esta é outra situação legal e complicada, pois o prefeito só pode fazer o que a lei autoriza. Temos que esclarecer a parte jurídica e saber como está o resultado da cooperativa. Também queremos saber sobre o impacto social, no quesito qualificação. Pelos números que eu vi, está muito abaixo do esperado”.

             Barilon ressaltou que o motivo da ida até a cooperativa foi o debate, pois levantaram algumas questões que não conheciam, como ser subsidiada pelo serviço público e concluir que a Prefeitura está deixando a desejar. “O debate acaba sendo importante para alertar os vereadores de certas questões que ocorrem no município”, afirmou.

             O vereador José Carlos Belizário comentou que as pessoas que trabalham na Cooperativa de Costura precisavam de treinamento e investimento para caminhar com as próprias pernas. “O projeto é excelente, principalmente como alcance social, mas não funciona como deve”, afirmou.
Marineuza Lira

                                                                                                    FOTO: DIVULGAÇÃO/CMNO


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